Os Três Dogmas do Casamento

Elenice Alves Gomes
  1. Caráter indissolúvel
  2. Heterossexualidade
  3. Monogamia

Vivemos neste milênio do mundo ocidental cristão, inúmeras mudanças e o casamento não poderia passar incólume!

A experiência de viver eternamente com um único parceiro (até que a morte os separe!) está cada vez mais rara nos dias de hoje.

Com a queda dos sistemas ditatoriais e suas consequências: liberdade de se expressar, de ser, de se organizar e de se manifestar, os movimentos GLBT ganharam força. É cada vez maior o número de países que aderem à união civil de relacionamentos homoafetivos.

Pronto: os dois primeiros dogmas já caíram!

E o terceiro, a monogamia? Vamos acompanhando as mudanças de comportamentos de casais que se propõem a experiências heterodoxas.

Tema de muitos congressos e jornadas científicas de terapia de casal e família, esse assunto foi matéria da revista Isto é na primeira semana de setembro/2014. Tais experiências heterodoxas podem ser elencadas e resumidas assim:

  • Swing: prática em que casais realizam a troca de parceiros sexuais, de forma consensual, em encontros, festas ou casas noturnas específicas.
  • Poliamor: admite a possibilidade de se ter duas ou mais relações afetivo-sexuais ao mesmo tempo, todas com a mesma importância.
  • Relações livres: aceita a multiplicidade de relações afetivas e sexuais e rejeita o conceito de posse ou fidelidade.
  • Relacionamento aberto: permite que o parceiro ou parceira tenha outras relações afetivas ou sexuais, porém com a condição de serem secundárias.

Essa última modalidade, o relacionamento aberto já foi proposta e vivida pelo movimento hyppie na década de 60/70 do século passado.

Recentemente, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) e os números mostram que quase a metade da população brasileira atualmente é de adultos solteiros.

As pessoas vão se movimentando nesse universo relacional buscando a melhor maneira de viver: sós ou acompanhadas. E se acompanhadas, novamente se coloca de forma imperativa OS ACORDOS pra se ter uma vida em comum.

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